Das coincidências de uma tarde no Pronto Socorro: A enfermeira chama o senhor Sebastião. Um senhor e um rapaz, parecendo seu filho, se manifestam. Uma outra moça se levanta e diz que Sebastião é o pai dela. A enfermeira, séria e com humor, pede para que eles não briguem pelo Sebastião. E qual o sobrenome? Sebastião Martins. Sorrisos. Ambos são Martins. Risos ecoam naquela sala de medicação, em que entra paciente, sai paciente, recebem medicação na veia: soro, Tramal, Bromoprida. A ambiguidade se desfaz pelo terceiro nome. E aí, pai e filho entendem o porquê de não terem sido eles na primeira vez que ouviram o nome na sala de espera. Há dor de cabeça, no estômago, nas costas, dos nervos e do coração. Macas, cadeiras, acompanhantes à espera. Um outro senhor com cara e aspecto jovial também está na sala e reconhece um dos Sebastião. Se olham e se reconhecem. Foram criados juntos em um bairro ali da cidade. Sebastião já havia reconhecido o outro há um tempo. O outro
-A linha entre a realidade e a imaginação é bem tênue. -Que linha?