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Fazendo arte




De algumas sensações não só no teatro...

No discurso de liberdade, ele estava acorrentado. Era ele a corrente? Não sei... Tive minhas dúvidas. Ele lentamente pega o álcool, joga por todo o tablado. Tensão. Atenção. Morrerei agora? Não sei. Não o conheço. Mas quero ficar pra ver ou morrer. Sim, neste instante, não tenho medo da morte. Ele risca um... dois fósforos e a cada pequena luminosidade, uma luz se desperta. É o fogo. Mas não lá. É aqui. Aqui dentro.


(Curso livre de teatro 14bis. Apresentação de Tiago Silva, na conclusão do módulo ministrado por Tuany Mancini.)

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Outras notas

Barbari(e)dade

     Na antiguidade, bárbaros eram os povos que não falavam a mesma língua dominante. O estrangeiro, o outro. Depois vemos esse sentido circular em torno daquele que não é civilizado, rude. Em tempos de pandemia, talvez retornemos a esse lugar: não estamos falando a mesma língua. Quase uma média de 1000 mortos por dia no Brasil em decorrência do Coronavírus e os discursos negacionistas circulando em plenitude. Circulando mesmo pelos corpos. Gente na praia, nos bares.      Uma barbaridade. O vírus pode realmente afetar tanto quem é jovem, com histórico de atleta, quanto pessoas com alguma comorbidade. Ou seja, podemos todos ser afetados por ele, o invisível e inaudível. No entanto, é fato também que o acesso e as formas de tratamento não são definitivamente os mesmos. Li relatos de pessoas que foram transferidas de helicópteros (com unidade móvel de UTI) do Nordeste para os melhores hospitais de São Paulo. Ouvi relatos de gente que pôde se isolar em casa de campo, para que não afetas