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Corredor

 Ela encontrou uma barata no sapato. Escândalo. Adolescente. Havia quem matasse o inseto. O pai. Sem a repreender, matou... limpou o chão. Deu fim àquele bicho.
   Ela encontrou a barata na cozinha, depois na sala, no quarto, um dia até passou por um corredor de baratas mortas, semivivas, vivas. Não se importava mais.
    Ali, ela sabia que não teria a quem gritar.

Comentários

  1. Textos que me leva a pensar.
    Grata pela partilha!

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    Respostas
    1. Leitora e amiga, e eu lhe agradeço pela visita! A porta está sempre aberta!

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Outras notas

Barbari(e)dade

     Na antiguidade, bárbaros eram os povos que não falavam a mesma língua dominante. O estrangeiro, o outro. Depois vemos esse sentido circular em torno daquele que não é civilizado, rude. Em tempos de pandemia, talvez retornemos a esse lugar: não estamos falando a mesma língua. Quase uma média de 1000 mortos por dia no Brasil em decorrência do Coronavírus e os discursos negacionistas circulando em plenitude. Circulando mesmo pelos corpos. Gente na praia, nos bares.      Uma barbaridade. O vírus pode realmente afetar tanto quem é jovem, com histórico de atleta, quanto pessoas com alguma comorbidade. Ou seja, podemos todos ser afetados por ele, o invisível e inaudível. No entanto, é fato também que o acesso e as formas de tratamento não são definitivamente os mesmos. Li relatos de pessoas que foram transferidas de helicópteros (com unidade móvel de UTI) do Nordeste para os melhores hospitais de São Paulo. Ouvi relatos de gente que pôde se isolar em casa de campo, para que não afetas