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Letras e ilustras


Em 2019, fui convidada a participar de um projeto sobre poesia e feminino. 
E o que seria o traço ou a escrita de um feminino? Nos experimentos, alguns cacos, alguns voos alçados e o papel ganhando texturas e letras. 
Compartilho aqui dois poemas meus que ganharam os contornos de Gustavo R. Dias (Bezerro de Ouro). Na proposta, Mariana Magno também colabora com alguns textos. 




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Outras notas

Destino

Eu sou aquela coruja salva depois de um ataque olhos esbugalhados, um deles para fora. Pega por um moço que me levou a quem soubesse me tratar. Eu sou essa coruja cuidada por um, por outro e outro Que pensei que pudesse levantar voo e que no menor desaviso paralisei no ar. Eu sou a coruja que o gavião veio e pegou. Do destino não se voa. Para Gustavo. Depois de várias histórias animalescas... coruja, maritaca, borboleta, periquito, gavião, gato, rato.

Pessoas na agenda

Esta é uma historinha. É sobre a agenda Charme , da Tilibra, capa dura, presente de Natal. Eu queria nada no Natal de 94/95 e ganhei. Já que aquele nada ganhou materialidade, nele registro pessoas conhecidas, vividas, vivas e mortas. Um comentário sobre isso: Uma agenda de 1995 tornou-se o lugar onde anoto os aniversários de pessoas que conheço na vida. Depois há quem diga que não me esqueço de aniversário de ninguém. Pudera... Todo mundo que me fala a festiva data, eu anoto. Às vezes, chego bêbada em casa, abro a gaveta, pego a agenda, caneta e escrevo. Não raras vezes, não me lembro como descobri tal data de tal pessoa. Mas confio. Sempre que liguei para dar os parabéns, mesmo não tendo certeza, acerto. Há quem diz: Nossa! Você lembrou! Sou educada e hipócrita: não tem como esquecer... Só não digo que não esqueço por causa da agenda de 1995... Mas tudo bem, hoje em dia tem orkut, facebook, twitter, wikipedia.  Não é difícil tarefa descobrir ou ser lembrada de anive...