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Sensações que ficam


Passar em uma ponte
que balança

Passar em uma
    pinguela!

Forçar o estalar
dos dedos e do polegar...

Afundar a mão
em um pote de feijão*
no supermercado
*milho, lentilha, alpiste!

Acender sozinha a luz de
um quarto mal-assombrado

Esconder debaixo da
cama das visitas
estranhas que chegam

Cortar os vãos dos
dedos com o passar
das páginas de livro grosso.

Formar imagens com
os desenhos móveis
das nuvens.

Sentir o aroma
da boca do outro
sem tocar

Ouvir palavras desejadas
      no silêncio

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(aqui meu muito obrigada a uma amiga de vozes, Lilian Fernandes, por ter me apresentado Amelie, numa tarde de 2007)

E os ecos continuam...



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